No hemisfério norte a Páscoa está intimamente ligada a primavera, porque é o renascer da natureza. As tulipas são um exemplo disso, não só porque elas são uma das primeiras flores da primavera, como também por suas cores em tons pastel serem as que usamos na Páscoa.
Segundo o site A Família Internacional (http://www.thefamilyinternational.org/pt/news/33/), a origem da Páscoa é pagã e bem divertida:
Alguns estudiosos acreditam que a festa da “Páscoa” deriva de uma celebração a Eastre, nome anglo-saxão de uma deusa germânica da primavera e da fertilidade, que tinha início em 21 de março, o dia do equinócio no hemisfério norte. O coelho simbolizava a fecundidade devido à sua alta taxa de reprodução. Nesse festival as pessoas se presenteavam com ovos de cores fortes representando o resplendor da primavera ou os usavam para campeonatos de rolar ovos. Empurravam ovos uns contra os outros e o que demorasse mais para rachar era o vencedor.
No entanto, apesar da celebração pagã de antigamente, a Páscoa hoje em dia possui muitas tradições comemoradas no mundo todo, como por exemplo:
As crianças da igreja grega ortodoxa são vistas às vezes batendo ovos pintados de vermelho uns nos outros enquanto uma diz: “Cristo ressuscitou”, e a outra responde: “É verdade, Ele ressuscitou!”
Muitas pessoas comemoram a Páscoa acendendo velas. Na Rússia os cristãos ortodoxos fazem uma vigília de oração na véspera da Páscoa. Acendem uma vela grande no altar para representar Jesus, a luz do mundo, e a partir dela todos os presentes acendem suas próprias velas. Esta tradição representa a disseminação da luz de Cristo no mundo.

São muitas as interpretações da história da Páscoa em diferentes peças teatrais no mundo. Talvez a mais famosa seja interpretada pelos moradores do vilarejo de Oberammergau, no Sul da Alemanha. A primeira apresentação deu-se no ano de 1634 com a participação dos moradores, em gratidão por não terem sido dizimados por uma peste. Exceto em três ocasiões, a peça tem sido apresentada a cada década desde 1680.
Nos países da Europa Oriental um cordeiro é um símbolo importante da Páscoa. É o alimento que muitos servem para a refeição, ou fazem um bolo no formato de um cordeiro.

É surpreendente que exatamente no dia em que Jesus foi crucificado, o cordeiro da Páscoa estava sendo sacrificado no Templo judaico. De acordo com Êxodo 12:5, os cordeiros da Páscoa precisavam ser “imaculados”. Os cristãos acreditam que Jesus era imaculado, sem pecados, e que a Sua morte concede o perdão dos pecados e a salvação a todos que O aceitarem como Salvador.
A Páscoa é uma época para se comemorar o recomeço, como o equinócio!

O site Significados também nos ensina como a Páscoa é chamada em outros países e o significado dos simbolismos usados: (https://www.significados.com.br/pascoa/)
O dia da Páscoa foi estabelecido por decreto do Primeiro Concílio de Niceia (ano de 325d.C), devendo ser celebrado sempre ao domingo após a primeira lua cheia do equinócio da primavera (no Hemisfério Norte) e outono (no Hemisfério Sul).
Para os judeus, a Páscoa (Pessach ou Pesach) é uma antiga festa realizada para celebrar a libertação do povo hebreu do cativeiro no Egito, aproximadamente em 1280 a.C. Era servida uma refeição semelhante a que os hebreus fizeram ao sair apressadamente do Egito (o Sêder de Pessach).

Vários povos costumavam presentear os amigos com ovos, desejando-lhes a passagem para uma vida feliz. A partir deste costume, surgiram os primeiros Ovos de Páscoa.
A Páscoa é comemorada em vários países, principalmente aqueles com fortes influências do cristianismo.
Os espanhóis chamam a data de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques. Etimologicamente, o termo Páscoa se originou a partir do latim Pascha, que por sua vez, deriva do hebraico Pessach / Pesach, que significa “a passagem”.
Outras curiosidades interessantes encontramos no site O Guia dos Curiosos (http://guiadoscuriosos.uol.com.br/categorias/1295/1/pascoa.html):
- A Páscoa foi instituída no ano de 1513 a.C. Antes disso, a data era utilizada pelos povos que habitavam a bacia do Mediterrâneo para prestar sacrifícios de gratidão aos deuses pela colheita, que ocorria na primeira lua cheia da primavera.
- Os católicos acreditam que a ressurreição de Cristo ocorreu próximo ao equinócio da primavera no hemisfério norte, em um dia de lua cheia. Por isso, em 325 d.C., o Concílio de Niceia estabeleceu que a festividade sempre cairia no primeiro domingo depois que ambos os eventos ocorressem. Com a introdução do calendário gregoriano em 1582, o cálculo da data passou a ser feito pelo calendário lunar, cujo mês tem 22 dias.
- É a partir da Páscoa que todas as outras datas do calendário são estabelecidas.
- No domingo seguinte ao da Páscoa, comemora-se a Pascoela, quando fiéis e pastores celebram a data pela última vez até o ano seguinte.
- Easter, deriva de Eostre, deusa anglo-saxã do amanhecer. Ambas as palavras representam o renascimento: depois da escuridão, a restauração.
- O Domingo de Ramos marca o início da Semana Santa. A data recebeu este nome em referência ao trecho bíblico que narra a visita de Jesus Cristo a Jerusalém poucos dias antes de sua crucificação. Ao saber que Cristo estava próximo da cidade, a população cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para recebê-lo. Ele entrou no lugar no dia seguinte, montado em um jumento, e foi recebido com o abanar de folhagens e os clamores de “Rei dos Judeus”, “Hosana ao Filho de Davi” e “Salve o Messias”. A manifestação causou muita inveja nos poderosos da região, que começaram a se organizar para condenar Jesus à morte.
- Com a crucificação e ressurreição de Jesus Cristo, a Páscoa ganhou um terceiro significado: a passagem da morte para a vida. Os cristãos utilizam a comemoração para relembrar a imolação do Filho de Deus, que com seu sacrifício livrou os homens dos pecados. A libertação, que para os judeus foi física, se tornou também espiritual.
- A Páscoa judaica, ou Pessach, é comemorada no 14º dia de Nissan (mês do calendário lunar, que é o seguido pelos judeus). Diferentemente da Páscoa cristã, a festa relembra a libertação dos hebreus de um longo período de escravidão no Egito. Uma série de rituais marcam a festa, celebrada durante 8 dias. Entre eles figura o Seder, um banquete no qual é recontada toda a história da fuga do Egito. Esta refeição inclui uma série de alimentos com função simbólica.
- A substituição dos ovos de verdade pelos de chocolate veio só no século 19, primeiramente na Alemanha. O ovo é um símbolo de nascimento, de renovação da vida – o mote da celebração da Páscoa.
- Alguns cristãos ortodoxos rejeitam a tradição dos ovos de chocolate na Páscoa, pelo caráter pagão que a festa acabou adquirindo.

Há ainda muitas histórias DIVERTIDAS sobre os OVOS DE PÁSCOA e tradições pascoais em outros países no Site História Digital (http://www.historiadigital.org/curiosidades/15-curiosidades-historicas-sobre-a-pascoa/):
– Os termos “Easter” e “Ostern” (em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica com o Pessach (Páscoa). As hipóteses mais aceitas relacionam os termos com Estremonat, nome de um antigo mês germânico, ou de Eostre, uma deusa germânica relacionada com a primavera.
– Os Ovos Fabergé tiveram origem na Rússia, em 1895. O Czar Alexandre III procurava por um presente de Páscoa para sua esposa, entrando em contato com o joalheiro Peter Carl Fabergé. Foi feito então um ovo folheado a ouro que se abria, revelando uma gema dourada, contendo uma pequena galinha de ouro com olhos de rubi.
– A prática de decorar os ovos pode ser traçada desde os antigos cristãos da Grécia e Síria, que trocavam os ovos tingidos de vermelho carmim para representar o sangue de Cristo.
– O maior ovo de páscoa do mundo foi construído na cidade de Vegreville, em Alberta, no Canadá, em comemoração ao centenário da formação da Real Polícia Montada Canadense. O ovo tem nove metros e é uma pêsanka, feita de alumínio permanente anodizado em dourado, prateado e bronze.
– Na Inglaterra, durante a Idade Média, o rei Eduardo I tinha o hábito de banhar ovos em ouro e oferecer de presente durante a Páscoa a amigos e aliados. No século XVIII, os franceses começaram a fazer ovos de chocolate.
– De acordo com lendas, um antigo professor nas Bermudas precisava de uma maneira simples, mas efetiva de demonstrar a ascensão de Cristo ao Paraíso, e usou uma pipa decorada com a imagem de Jesus para ilustrar o conceito aos seus alunos. Como resultado, na Sexta Feira Santa as pipas são uma tradição na ilha.
– A tradição de alegria assume características um pouco menos compatíveis com o ideal cristão de compaixão e perdão na Queima de Judas, mais comum na América Latina e Grécia, porém não tão popular nas demais nações cristãs do mundo. Neste ritual, um boneco representando Judas é espancado ou queimado.
– Explicações para a figura pitoresca do coelhinho geralmente estão ligadas ao antigo festival anglo-saxão da deusa da primavera, Eostre, cujo símbolo era um coelho, ligado à fertilidade.
– A tradição do coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães por volta de 1700. Osterhase, o coelho, traria ovos coloridos na Páscoa para as crianças, escondendo para que elas encontrassem depois.
– Os cristãos ortodoxos na Etiópia celebram a Páscoa de uma a duas semanas após a igreja ocidental, sendo que às vezes as datas coincidem. A Fasika (Páscoa) tem oito dias de jejum de carne e laticínios.
– Na Suécia e partes da Finlândia, um mini Halloween acontece na quinta ou sábado antes da Páscoa. Garotinhas se vestem de bruxa, com trapos e roupas velhas e vão de porta em porta pedir doces.
– Na Índia, os hindus têm um festival chamado Holi. É o momento em que toda a população de religião hindu reúne-se para lembrar, dançando e tocando flautas, como o deus Krishna apareceu. É costume que o dono da casa marque a testa de seus convidados com um pó colorido.
E as cestas de Páscoa, qual sua origem? O blog Presentes do Natal (http://presentesdonatal.blogspot.com.br/2011/04/cestas-de-pascoa-origem-e-ideias-do.html) nos relata a seguinte história:
De acordo com uma lenda alemã, uma lebre branca deixaria cestos cheios de doces, brilhantemente coloridos, ovos e outras guloseimas para crianças na manhã de Páscoa.(…).
Mas as crianças deveriam construir seu ninho em lugares escondidos em sua casa ou ao ar livre. O Coelhinho da Páscoa iria preencher suas cestas com ovos coloridos se elas fossem boas e feitas com amor.
Já as balas foram adicionadas nas cestas em 1930 porque tinham aparência semelhante aos ovos produzidos por aves.